Roberto Ferri, lobo em pele de cordeiro

Roberto Ferri é um artista vivo em nosso tempo, nascido em 1978, com amplo conhecimento acadêmico na área das belas artes, em especial a pintura. Roberto pintou quadros com diferentes temas, inclusive cristãos. Foi ele quem pintou o retrato do Papa Francisco, a pedido do Vaticano, chegou a pintar também cenas fortemente evangélicas, como no quadro O Juízo Final, em que até mesmo Jesus Cristo é retratado.

Roberto Ferri pode parecer um artista interessante num primeiro momento, se considerarmos que ele está ficando conhecido como o Caravaggio dos nossos tempos. Usa de técnicas barrocas de claro e escuro, além de jogo de cores mais sombrias e situações em que se tenta evocar o sublime por meio do terror. Se analisarmos mais a fundo, veremos que Roberto é um pintor duvidável, especialmente no âmbito católico e da moral. Ele tenta a todo custo chamar a atenção do espectador por meio dos corpos excessivamente torneados, buscando aquela beleza pornográfica que se está acostumado nos dias de hoje. Além da extravagância das estruturadas corporais, ele coloca seus personagens muitas vezes em posições sexuais, insinuando-se ao espectador. As partes íntimas dos que são retratados têm grande relevância nos seus quadros por meio da luz e da forma que busca o realismo para chocar. Ou seja, Roberto Ferri é um pintor pornográfico.

Em seu quadro O Beijo de Beatrice, Roberto retrata uma cena quase sexual, em que Dante e Beatrice estão nus, em extrema intimidade, beijando-se com paixão. Qual intuito de retratar personagens históricos como esse, associados à Divina Comédia, um obra que retrata justamente a busca para o Céu, numa cena tão vulgar e imprópria? Dante deixa claro em sua obra e em sua vida que seu amor por Beatrice era sobrenatural, e não carnal. O único motivo de fazer isso só pode ser uma obra fruto de uma mente completamente detonada por uma vida imoral, entregue aos prazeres da carne, em especial da luxúria.

Roberto Ferri declara ele mesmo em entrevista que quer retratar em suas obras “o sagrado e o profano” ao mesmo tempo, e ainda com “referências ao esoterismo e à alquimia”, ou seja, o pintor faz uma mistura de elementos sem pé nem cabeça, ao seu bel prazer, ao mesmo tempo que insere elementos sagrados, como anjos, o próprio Jesus Cristo, e mais… Ser ele o pintor que retratou o Papa é de imenso desgosto para todos os católicos, uma vez que não é um pintor que busca a Verdade em suas obras, mas, sim, representar suas quimeras.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *